O vinho brasileiro evolui bem? (4) [Vallontano Cabernet Sauvignon Reserva 2002]
Publicado por Blog Vinho SIM em 14.11.14 com Sem comentários
Como já escrevi nos posts sobre o Cabernet Sauvignon 2004 da Lidio Carraro, o Desejo 2005 da Salton e espumante Brut Nature 10 anos da Marco Luigi, tudo o que a internet nos proporciona deve ser sempre analisado com muita calma e cuidado, pois ao passo que seu uso segue crescimento exponencial, cresce
também exponencialmente a quantidade de bobagens publicadas, por isso o leitor
tem que tomar bastante cuidado da forma como é
influenciado pelo que lê. Infelizmente um número cada vez maior de publicações
cometem enganos (será mesmo que são meros enganos?) e o principal deles são
comentários baseados em "achismos", avaliações feitas sem nenhum
critério acadêmico cujo único objetivo é o marketing
Aqui no Vinho SIM não baseamos nossos posts/artigos em achismos e, por isso, seguimos provando mais exemplares da nossa adega
pessoal para subsidiar a resposta à pergunta "O vinho brasileiro
evolui bem?".
A bola da vez foi este Reserva Cabernet Sauvignon 2002, da vinícola Vallontano (Vale dos Vinhedos), um dos vinhos interessantes no mercado nacional.
De cara, um destaque para o contra-rótulo do vinho:
"possui cor rubi com tons violáceos e aromas intensos de frutas vermelhas maduras, como amoras e cerejas. As especiarias, provenientes de 10 meses de maturação em barris de carvalho, conferem refinamento e complexidade ao bouquet. Encorpado, com sabor agradável e taninos marcantes, este vinho, com grande potencial para envelhecimento, será melhor apreciado se consumido entre 15ºC e 17ºC. Foram elaboradas desta excepcional safra 10000 garrafas".
Nota-se, como era de se esperar, que a cor mudou bastante, mostrando-se já bastante acastanhada e clara, lembrando alguns Pinots do Velho Mundo. No nariz, bastante complexo, traz as notas típicas dos vinhos nacionais (para mim, toques de folha de uva, casca de laranja e algo animal), muita amora fresca, balsâmico, toques terrosos e de couro. Na boca, os taninos ainda se fazem presentes, mas a acidez típica de frutas vermelhas oscilando entre o fresco e o maduro evoluem para notas de frutas secas, deixando aquele final agridoce que conferem ao vinho uma supernota no quesito "vontade de continuar bebendo", o que é muito louvável para um vinho já com 12 anos (pena que só tinha uma garrafa!). Mais um exemplar para atestar a capacidade de evolução do vinho brasileiro e confirmar (ainda mais) a excepcional safra de 2002.
"possui cor rubi com tons violáceos e aromas intensos de frutas vermelhas maduras, como amoras e cerejas. As especiarias, provenientes de 10 meses de maturação em barris de carvalho, conferem refinamento e complexidade ao bouquet. Encorpado, com sabor agradável e taninos marcantes, este vinho, com grande potencial para envelhecimento, será melhor apreciado se consumido entre 15ºC e 17ºC. Foram elaboradas desta excepcional safra 10000 garrafas".
Nota-se, como era de se esperar, que a cor mudou bastante, mostrando-se já bastante acastanhada e clara, lembrando alguns Pinots do Velho Mundo. No nariz, bastante complexo, traz as notas típicas dos vinhos nacionais (para mim, toques de folha de uva, casca de laranja e algo animal), muita amora fresca, balsâmico, toques terrosos e de couro. Na boca, os taninos ainda se fazem presentes, mas a acidez típica de frutas vermelhas oscilando entre o fresco e o maduro evoluem para notas de frutas secas, deixando aquele final agridoce que conferem ao vinho uma supernota no quesito "vontade de continuar bebendo", o que é muito louvável para um vinho já com 12 anos (pena que só tinha uma garrafa!). Mais um exemplar para atestar a capacidade de evolução do vinho brasileiro e confirmar (ainda mais) a excepcional safra de 2002.
REFINADO (18/20)
Só me resta deixar público meus parabéns para a Vallontano por este excepcional exemplar.
Vem mais por aí. Acompanhe.
Que Baco nos ilumine!
Artigos relacionados
Categories: Brasil
0 comentários:
Postar um comentário