Annual Wines of Chile Awards 2014: indicados e premiados!
Publicado por Blog Vinho SIM em 22.12.14 com Sem comentários
2014
foi um ano especial para um dos concursos de vinhos mais prestigiados do mundo.
A 12a edição da Annual
Wines of Chile Awards aconteceu pela primeira vez fora do Chile e, para nossa
alegriaaaa, o Brasil foi o escolhido para sediar a prova, que contou com 12
jurados brasileiros degustando mais de 600 amostras.
O
júri, brilhantemente selecionado, trabalhou intensamente durante 3 dias para
chegar à escolha dos melhores vinhos em 14 categorias e ainda o melhor vinho de 2014, tudo divulgado num jantar de gala realizado no Hotel Renaissance,
em São Paulo, na noite do dia 02 de dezembro.
Alguns dados importantes/interessantes
Das 639 amostras de 92 vinícolas - recorde de inscrições em todas as edições da
AWoCA – recebem menção, nada mais, nada menos que 563 amostras, ou seja, 88% do
total, distribuídas entre 88 medalhas de ouro, 272 medalhas de prata e 203
medalhas de bronze.
Cabem
aqui duas reflexões:
1.
A qualidade dos vinhos inscritos é excelente, por isso um universo tão grande
de prêmios.
2.
Não seria necessário readequar os critérios de avaliação/premiação para que não
sejam banalizadas as menções?
Os premiados
Tive
oportunidade de provar boa parte dos indicados em cada categoria na noite do
evento – e mais alguns nos dias subsequentes – e assim, como já é praxe aqui no
Vinho SIM apresentar ao leitor minhas impressões sobre as escolhas dos jurados.
Na categoria ESPUMANTE, o vencedor foi o Brut Nature, da Morandé (centro da foto).
Não sou muito fã dos espumantes chilenos, creio que os nossos deveriam ser mais valorizados e já suprem a demanda, porém neste contexto há duas exceções: o primeiro, por motivos óbvios, são os Champagnes e o segundo, são os espumantes Natures, categoria em que os produtos brasileiros ainda estão, ao meu ver, um pouquinho atrás de alguns importados, como é o caso deste Morandé, um bom exemplo de ótimo equilíbrio entre frescor e complexidade. Bela escolha.
Não sou muito fã dos espumantes chilenos, creio que os nossos deveriam ser mais valorizados e já suprem a demanda, porém neste contexto há duas exceções: o primeiro, por motivos óbvios, são os Champagnes e o segundo, são os espumantes Natures, categoria em que os produtos brasileiros ainda estão, ao meu ver, um pouquinho atrás de alguns importados, como é o caso deste Morandé, um bom exemplo de ótimo equilíbrio entre frescor e complexidade. Bela escolha.
NOTA Vinho SIM (16,5/20)
Na categoria SAUVIGNON BLANC, o vencedor foi o Specialties Ocean Side 2014, da Viña tarapacá (direita).
A "aventura" na Santa Carolina no Valle de San Antonio já apresenta ótimos resultados há alguns anos, agora coroado com este prêmio. Mineral com toques de ervas frescas e um contorno cítrico é a síntese organoléptica deste excelente SB.
NOTA Vinho SIM (17,5/20)
Na categoria CHARDONNAY, o vencedor foi o Grand Reserva 2013, da Viña Tarapacá (direita).
Já havia provado os três vinhos (ótimos, por sinal), mas confesso que meu preferido é o Espino Grand Cuvée, da William Févre (esquerda). Só para confirmar, provei novamente o vencedor na noite do evento e confirmei minhas impressões iniciais. O Tarapacá é um ótimo vinho, correto e com ótima tipicidade, mas não estaria na minha lista dos 3 melhores.
NOTA Vinho SIM (16/20)
Na categoria OUTROS BRANCOS, o vencedor foi o Single Vineyard Neblina Riesling 2011, da Viña Leyda (centro).
Páreo duríssmo nesta categoria, pois os finalistas eram muito distintos, um Viognier (Anakena, à esquerda), o campeão Riesling (Leuda, ao centro) e um Gewürztraminer (Morandé, à direita) e todos de extrema qualidade. Provei os três (adorei-os!) e me rendo ao juri: belíssima escolha, com menção super honrosa pros demais concorrentes.
NOTA Vinho SIM (18/20)
A categoria PREMIUM WHITE, premiou um clássico da vinicultura sulamericana: o Amélia 2013, da Concha Y Toro (esquerda).
Mais uma categoria que mostra a qualidade dos vinhos brancos produzidos no Chile e a complexidade do trabalho desenvolvido pelos jurados. Embora o Amelia seja, sem dúvidas, um grande vinho, meu preferido da categoria não entrou entre os indicados: trata-se do Lot 5 Chardonnay, da Viña Leyda, agraciado com medalha de ouro.
NOTA Vinho SIM (17,5/20)
A categoria ROSÉ trouxe de volta aos holofotes um velho conhecido da crítica especializada, o Gallardía del Itata Cinsault 2014, da De Martine (centro), eleito na safra 2012 o melhor rosé do Chile para o escorchados 2013.
Aqui o juri não apenas acertou em cheio na escolha, como selecionou um verdadeiro achado! Ao preço de R$ 67,00 se pode provar este rosé fresco, fruta e elegante.
NOTA Vinho SIM (17/20)
Na categoria PINOT NOIR tivemos a presença de outro conhecido da crítica, o Reserva 2013, da Viña Falernia (centro), que há pouco tempo figurou como Best in Show na revista Decanter. Certamente o maior achado deste edição da AWoCA - por R$ 60,00 e que, apesar de Nesta categoria houve a escolha de 3 ótimos vinhos, mas nenhum deles me encanta, já que são de um estilo "sulamericano" que acho um pouco "enjoativo", sem o frescor que os PN borgonheses mostraram para o mundo.
NOTA Vinho SIM (16/20)
Na categoria CARMENÈRÉ o vencedor foi outro vinho da Viña Falernia, o Reserva 2013 Pedriscal Vineyard (direita), um exemplar com boa tipicidade e elegante, frutado e sedoso na medida certa.
NOTA Vinho SIM (16/20)
Contrariando todas - as minhas! - expectativas, na categoria CABERNET SAUVIGNON houve apenas dois exemplares premiados com medalha de ouro e um deles, claro, foi o vencedor Gran Terroir de Los Andes - Los Lingues, da Casa Silva (esquerda), cuja escolha eu não somente concordo, como acho um dos grandes vinhos produzidos no Chile.
NOTA Vinho SIM (17,5/20)
Uma das categorias mais premiadas com medalhas de ouro (11 no total) deste ano, a SYRAH vem, ano após ano, mostrando-se deixando de ser uma promessa e consolidando-se como a grande casta do Chile. A escolha do Gran Reserva 2012, da Viña Casas del Bosque (esquerda) foi excelente, assim como seria a de qualquer um dos outros 10 premiados. Excelente lista preparada pelo júri.
NOTA Vinho SIM (17,5/20)
A categoria OTHER REDS é a que mais me causava expectativa, haja visto que o Chile tem explorado de maneira intrigante e significativa "novas" castas e, principalmente, novos terroirs. A escolha do juri foi o Tama Vineyard Selection Carignan 2013, da Viña Anakena (esquerda) que não é nenhuma surpresa, já que esta casta vem dando ótimo resultados nos últimos anos. Nesta categoria, não consegui provar - infelizmente - o Sangiovese da Morandé, mas confesso que fiquei muito curioso.
NOTA Vinho SIM (17/20)
Na categoria BLENDS, outra superpremiada pelo juri (13 medalhas de ouro no total), o campeão foi o 5 Cepas 2013, da Casa Silva. É indiscutível que se trata de um ótimo vinho, porém prefiro alguns dos outros que nem sequer entraram como "indicados", como é o caso do Gran Reserva, da Laura Hartwig e o Ramirana Trinidad, da Ventisquero.
NOTA Vinho SIM (16,5/20)
A categoria PREMIUM RED é mais um deleite para os amantes do caldo de Baco e o agraciado pelo júri foi um vinho que nunca havia provado, o Armida 2009, da De Martino (direita). É indiscutível que se trata de um ótimo vinho, porém prefiro alguns dos outros que nem sequer entraram como "indicados", como é o caso do Gran Reserva, da Laura Hartwig e o Ramirana Trinidad, da Ventisquero.
NOTA Vinho SIM (18/20)
Na categoria LATE HARVEST o campeão foi o Torontel 2009, da Viña Erasmo, que acabei conhecendo apenas depois do evento. Belas indicações do júri e premiação muito justa.
NOTA Vinho SIM (17/20)
E o grande campeão desta 12ª Edição da AWoCA foi o Syrah Gran Reserva 2012, da Viña Casas del Bosque, justiça que premia o que de melhor vem sendo feito no Chile e encerra com chave de ouro esta edição da maior prova de vinhos do Chile.
2015 tem mais ...
que Baco nos ilumine!
Categories: AWoCA 2014
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